terça-feira, 29 de março de 2011

LAGOA SANTA SOFRE COM SERVIÇOS DA COPASA

COPASA promete, mas deixa Lagoa Santa sem água, sem esgoto, mas a conta está cada vez mais cara. Prefeitura não cobra da concessionária. A ETE da Rua Pinto Alves é o retrato do cáos.

Moradores de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, sofrem com problemas frequentes de falta de água.

Nos últimos tempos, a situação vem se agravando e alguns cidadãos completam hoje quatro dias sem abastecimento. A explicação da Copasa é que o problema acontece porque a região não tem estrutura para receber o número crescente de novos moradores. Não há previsão para a realização de obras que resolveriam o problema.

A funcionária pública Roberta Kelly Santos, 30, não tem uma gota de água há quatro dias. "Eu desconfio que isso aconteça por causa dos condomínios que se instalaram aqui nos últimos tempos", disse.

A cabeleireira Adélia Santos, 35, é mãe de três filhos pequenos e dona de um salão de beleza. Ela contou que no bairro Brant, onde mora, toda a vizinhança sofre com o problema da água há um ano. "Aqui está um horror, a água chega 23h e às 7h já não tem mais. Tenho que trocar o dia pela noite", afirmou.

Reunião. A assessoria de imprensa da Copasa informou que fará uma reunião com seus técnicos amanhã para agilizar a solução do problema e redimensionar a rede que atende a cidade. Após muita insistência a Copasa concede entrevista à radio Super FM, líder em audiência na região da Vila Maria, para esclarecimento da constante falta de agua na região, em virtude da insatisfação na comunidade que revoltada impediu a circulação de um dos veículos da empresa.

O gerente regional da concessionária, eng. Edvaldo, foi entrevistado pelo repórter Souza Aroeira e pelo presidente da associação dos moradores do bairro Palmital. A entrevista não trouxe muita novidade, todos nós já sabemos que a adutora que vai ligar a rede de distribuição da cidade ao sistema Integrado de Abastecimento de Água da RMBH, prometida para o final de 2007, e praticamente concluída em 2009 (implantados 49km de adutora), ainda não foi interligada por pendencias em algumas travessias. Não informou a data e nem a previsão da conclusão dos serviços de engenharia. Também isto é preocupante pois o verão está chegando e haverá um aumento na demanda. Não informou sobre a paralisação da estação de tratamento de esgoto da rua Pinto Alves neste ano de 2010.

O sistema atual é composto pelas seguintes baterias de poços: Confins 05 poços; Várzea 01 poço; Lagoa das Mansões 01 poço; Lapinha 02 poços, que não é suficiente para atender a demanda atual.

O problema da precária prestação de serviços pela Copasa não é um fato isolado, os consumidores tambem sofrem com as interrupções e falta de energia fornecida pela CEMIG , na OI telefonia fixa a tambem deixa a desejar, destacando a limitação da banda larga. Estas empresas são de capital aberto, todas SA (sociedade anônima), detêm o monopólio, visam lucros, pois suas ações são vendidas na bolsa de São paulo e também no exterior, alem de ser fonte de renda para o estado. Por falta de concorrencia, cidades do porte de Lagoa Santa geram pouco lucro, motivo pelo qual os investimentos são demorados.

Os consumidores prejudicados precisam muito do apoio dos políticos. obs.: A justiça concede liminar para que a Copasa inicie imediatamente o funcionamento da estação de tratamento de esgoto da Rua Pinto Alves, sob pena de multas.

CENTRAL DE JORNALISMO com lagoasanta.com.br

2 comentários:

  1. Nóis aqui29 março, 2011

    estão dizendo que vc está travando o plano de cargos e salários. se for verdade já estamos preparando uma manifestação. porque não fala logo o que tá querendo prá colocar junto? se liga mano, num trava as coisa não. pior é do jeito que tá. quem tá achando que é?

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  2. O preço a ser cobrado para a COPASA entrar no reino encantado lacustre pode ser alto demais para a CAPASA, uma reeleição fica cara, ainda mais com uma mega negativa pesquisa de aprovação do governo atual. Centenas de milhões, zilhões, são cifras necessárias para calar a boca e reverter a situação. Quem sabe dá pra investir no hospital regional? Será que investidores privados da COPASA estariam dispostos a tanto?

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