sábado, 16 de junho de 2012

PT E PSB JUNTOS NA CHAPA MAJORITÁRIA



PT DE SETE LAGOAS FEZ REUNIÃO DECISIVA

O Diretório do PT de Sete Lagoas esteve reunido na última quinta-feira (14), para definições importantes sobre as eleições 2012. Por unanimidade todos os membros efetivos presentes na reunião do Diretório se manifestaram pela coligação majoritária e proporcional com o PSB ( Partido Socialista Brasileiro ), do pré-candidato a prefeito Emílio Vasconcelos. Nessa aliança, caberá ao Partido dos Trabalhadores de Sete Lagoas a indicação do candidato a vice-prefeito, que será o companheiro Padre Warlem Dias. A decisão fortalece o campo de centro-esquerda na cidade e define de forma clara as forças que elegeram o presidente Lula por duas vezes e foram fundamentais na eleição da Presidenta Dilma Rousseff em 2012. Diante do amplo consenso entre as duas legendas PT e PSB devem realizar suas convenções nos próximos dias.

ENTREVISTA PADRE WARLEM DIAS AO JORNAL SETE DIAS

Prestes a completar 22 anos de sacerdócio o padre Warlem Antônio Ferreira Dias, 52 anos, se filiou há pouco mais de um ano no Partido dos Trabalhadores (PT) de Sete Lagoas. Apesar do pouco tempo de política partidária ele acumula conhecimento e vivência que o colocam como o principal nome do partido para as próximas eleições.

O sacerdote admite sua pré-candidatura a prefeito e até uma composição onde apareceria como vice, mas descarta uma candidatura a vereador. Padre Warlem classifica a política local como “esbandalhada” e acredita que chegou a hora do PT marcar seu espaço político na cidade.

SETE DIAS - Fale um pouco do Padre Warlem.
Padre Warlen - Nasci no bairro São Geraldo e quando criança me mudei para o bairro Progresso, aonde desenvolvi toda minha vida. Trabalhei durante quatro anos no setor administrativo da Cossisa e em 1984 fui para o seminário. No dia 2 de fevereiro 1991 fui ordenado Padre e comecei a peregrinar. Primeiro fui para o bairro Montreal, depois para Prudente de Morais e Capim Branco e em 1996 para São Paulo, aonde fiz mestrado sobre a História da Igreja na América Latina e no Brasil e continuei atuando como sacerdote. Dei aula em diversos seminários em Minas e em outros Estados. Minha atividade acadêmica foi muito forte.

SD - Como foi a volta para Sete Lagoas?
Padre Warlem - Quando retornei para Sete Lagoas, no início de 2001, fui para a Paróquia de Imaculada Conceição, no Progresso, aonde vivi minha infância. Fiquei lá até 2007, ano em que passei para a região dos bairros Jardim Europa, Esperança e Aeroporto onde estou até o presente momento na Paróquia de Santa Tereza dos Andes. Também atuo no Interlagos, na Paróquia de Bom Jesus, no Aeroporto, Esperança e Bom Jardim, que é Nossa Senhora Rainha da Paz. Este é meu território geográfico dentro da vida da Igreja.


SD - Qual o foco do trabalho do senhor fora da igreja?
Padre Warlem - Sempre dei ênfase para o trabalho social. Essa é minha característica. Mas dentro de uma formação de liberdade, não sou doutrinário de seguir uma regra mais ortodoxa. Sempre procuro ajudar as pessoas a formarem seus grupos, suas lideranças, que isso surja sem nenhuma cooptação.


SD - Como surgiu essa característica de esquerda?

Padre Warlem - Sou filho de pai conservador, de família medrosa até certo ponto, mas também sempre trouxemos essa perspectiva de brigar por nossos direitos. Trabalhei numa empresa no setor administrativo e via o quanto era difícil uma pessoa de siderúrgica conseguir um vale enquanto conseguíamos com facilidade. Recordo que fomos em uma festa de “Operário Padrão” e descobrimos que aquilo era uma fachada, não era alguém representante do trabalhador e sim uma pessoa tingida por quem interessasse. Essas coisas provocam. Aí cheguei dentro da estrutura do seminário que é fechada e encontrei grupos também. Grupos posicionados que defendem interesses próprios, outros lutando pela coletividade, grupos mais sonhadores e utópicos. Aí você tem que definir seu jeito e sua postura. Ou esta definição te ajuda a criar asas para voar ou te enclausura.


SD - Mas houve alguma posição contrária na Igreja?
Padre Warlem - Sempre tem. A Igreja é sempre mais tradicional. Mas eu gosto da Igreja, nela eu me formei e aprendi ter a consciência que tenho de trabalhar com as pessoas.


SD - A política deixa a desejar quanto ao seu papel em Sete Lagoas?
Padre Warlem - Às vezes na política não cuidam do que é público e fazem associações porque é mais fácil capitalizar votos. Fazem associação para dar leite ou consulta médica. Tem gente que mal acabou de chegar no parlamento e já tem uma associação montada nesse sentido. Passam a ter um entreposto daquilo que seria obrigação do serviço público. Não fazem parcerias com o serviço público e nem exigem políticas públicas nesse sentido. É um redemoinho de coisas que vamos sendo escaldados e misturados nele. É para lutar contra isso que eu vivo, independente de estar numa política partidária e com ou não pretensão de ser candidato. Combater essas práticas é que dá gosto e sabor pra minha vida

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SD - Como surgiu a ideia de uma candidatura?
Padre Warlem - Por outras cidades que passei fui chamado a ser candidato, mas nunca pensei nisso. Em maio de 2011 me filei ao PT. No passado atuava e gostava do partido, mas era só paixão. Internamente me colocaram como pré-candidato do PT para a Prefeitura de Sete Lagoas. Estou a serviço do partido para ajuda-lo a se fortalecer. A perspectiva é de que o partido se encorpe mais na cidade. Se no dia 30 de junho chegarmos à decisão de que o PT sairá comigo, vou com toda a boa vontade possível.


SD - Em caso de uma composição o senhor aceitaria ser vice?
Padre Warlem - É uma questão que deve ser conversada dentro do PT. É um campo grande e ao mesmo tempo pequeno que temos. Como em Sete Lagoas as coisas não são polarizadas, elas não se definem a priori. As coisas se definem quando tudo se encaminha para o momento final. Tenho recebido muitas opiniões tanto de pessoas amigas que são favoráveis e até os chorosos que acham que isso tudo é uma dor de cabeça e um processo que eu posso sair queimado.


SD - O partido não está dividido quanto às definições?
Padre Warlem - Muitas vezes falam que o PT é dividido e composto de facções. Não sei se é o PT, mas sim no lugar onde se trabalha existem discussões e divergências. Assim vão se formando correntes que são próprias dos partidos. Não há nenhum partido que seja homogêneo.


SD – Como está seu aprendizado nesta política partidária?
Padre Warlem - O partido é um lugar de aprendizado. Eu queria que fosse até mais. O PT poderia promover seminários para nossa cidade, apresentar propostas mais programáticas, se colocar mais como oposição. Nesse período não nos caracterizamos como uma oposição sistemática, pode ter sido até uma oposição velada.


SD - E na Câmara?
Padre Warlem - Na Câmara não conseguimos agir enquanto bloco. Agora que estão tentando configurar esse bloco, tendo em vista a eleição. Isso não é bom. A eleição é aquele momento e depois que passa acabou. O problema é que todos ficam olhando seus interesses e não coletivamente.


SD - Chegou a hora do PT em Sete Lagoas?
Padre Warlem - Nesse momento o partido tem que ser mais programático porque não dá tempo para muita coisa. Temos que estar com os pés no chão e saber com quem vamos ou não vamos caminhar. Pela expressão nacional que o PT tem, ele precisa se configurar em Sete Lagoas com uma presença mais forte.


SD - O partido vai definir o seu futuro?
Padre Warlem - Estou nele para poder ajudar. A partir do que for definido estarei disponível para contribuir. Não é camisa de força, mas vou ajudar. Estou aqui para sair pelo partido mesmo. Nas duas últimas eleições o PT foi garupa, pode até ser garupa este ano, mas tem que fazer mais exigências e ser mais veemente e firme em suas pretensões. As questões de cargos são necessárias, mas são mínimas, tem que discutir programa de governo e em que vai trabalhar junto. O cargo é do prefeito, mas se houve uma composição de chapa você tem o direito de exigir e construir o melhor para a cidade.


SD - A cidade não oferece o melhor para o cidadão?
Padre Warlem - A cidade está violentada e estuprada nesse sentido. Ela não é humana e nem oferece lugares para as pessoas de divertirem e ter uma convivência saudável.


SD - Qual a visão o senhor tem da política atual de Sete Lagoas?
Padre Warlem - A política como um todo está esbandalhada. Nosso prefeito é uma pessoa boa e humana, mas não dá as caras. Se de início ele desse as coordenadas e as diretrizes ele estaria melhor do que está. Não basta elaborar e receber obras para a cidade sem que o comandante não seja uma presença forte, atuante e vibrante junto do povo. O que move a política é o povo, eles que votam e elegem.


SD - O senhor aceitaria ser candidato a vereador?
Padre Warlem - O partido até conversou isso comigo. Mas tenho um problema familiar quanto a isso. Werlem, meu um irmão mais velho é do PSOL e quer entrar na disputa. Na última ele foi e não passou, agora prometi ajudá-lo.


SD - Para o senhor a política tem muito desafios?
Padre Warlem - Dizem que ela é um lago de crocodilos, onde você tem que nadar bem e, às vezes, nadar até de costas.


por Renato Alexandre


7 comentários:

  1. O jeca tatu

    Ao Diretório do PT de Sete Lagoas parabéns pela coligação majoritária e proporcional com o PSB (Partido Socialista Brasileiro), do pré-candidato a prefeito Emílio Vasconcelos e ao vice-prefeito, que será o companheiro Padre Warlem Dias. A decisão fortalece o campo de centro-esquerdo na cidade e define de forma clara as forças que elegeram o presidente Lula por duas vezes e foram fundamentais na eleição da Presidenta Dilma Rousseff em 2012.

    Diante disso servidores públicos e setelagoanos que aqui vivem e adotaram sete lagoas como terra natal, temos que abrasar essa coligação que é a renovação. Nos servidores somos mais de 7000 efetivos, chegou à hora de darmos um basta na aristocracia que governa com as costas viradas para o povo e nos servidores.

    A nossa meta servidores municipais de sete lagoas, e fazer Emilio e padre Warlem Dias prefeito e vice-perfeito renovando a câmara municipal em 60% pois a câmara se tornou cabide de emprego, com vereadores descompromissados com nos servidores e principalmente com a cidade pois eles transformam igrejas e utilizam de caridades com dependentes químicos para se eleger não precisando do voto do servidor.
    Ora para trabalhar a favor da comunidade não precisa ser vereador e prefeito, tenho alguns anos que trabalho na comunidade de Nossa senhora do Carmo e Santo Expedito e nunca almejei ser político.

    Diante de tudo isso reforça a vocês servidores esta mensagem do descaso do executivo e legislativo em Sete Lagoas, vamos mostra para eles que somos fortes e unidos essa câmara pode ser nossa, e vai ser!

    MUNICÍPIO DEVE 100 MILHÕES AO INSS E AINDA QUER
    IMPLANTAR PREVIDÊNCIA PRÓPRIA PARA OS SERVIDORES

    Servidores ajudem-nos a construir uma Sete Lagoas melhor onde políticos corruptos e pessoas que acham que podem enriquecer através do dinheiro público não fiquem impunes. Simplesmente passando a imagem para todos que a justiça não existe e que todos nos Setelagoanos somos burros o suficiente para acreditar nas mentiras, safadezas e roubalheiras que alguns políticos vêm cometendo em nossa Sete Lagoas
    Somos-nos responsáveis pela verdade e transparência de toda essa sujeira que vem assolando nossa cidade, pois colocamos estas pessoas no poder e temos o dever de retirá-las. Precisamos nos unir para cobrar a verdade, colocando todos os bandidos na cadeia e ajudando para que inocentes não sejam perseguidos por não fazerem parte de toda essa quadrilha.
    Não existe dinheiro para investir na valorização dos trabalhadores, na educação, saúde e segurança, mas sobra para deixar empresas privadas bilionárias. Está mais que na hora de nos servidores acordarem e começar fazer nossa parte. Diante disso a impressão que temos é que eles subestimam a inteligência das pessoas. Não podemos ficar inertes diante desses vereadores e prefeito e seu secretariado. Pelo amor de deus, não vamos deixar mais essas noticiais caírem no esquecimento de tanta mentira e roubalheira. E vocês professores e servidores municipais insatisfeito com o não repasse do nosso dinheiro ao INSS venha se juntar a esse movimento, afinal você também é um cidadão Setelagoano e servidor municipal. Assim que ler esse texto acrescente seu desabafo e repasse para todos seus Amigos, blogs e redes sociais,,,, Vamos mudar a situação de nos servidores municipais de Sete Lagoas.
    Parabéns

    Fernando Cabeção SAAE

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  2. Realmente seria um sonho eleger a Coligação PSB - PT, porém não podemos esquecer a Candidatura do Deputado Márcio Reinaldo. Essa candidatura está cada vez mais regada de partidos de Centro Esquerda: PV - PPS - PC do B e estão dizendo que até o PSOL.

    O fato é que Márcio Reinaldo tem falado aos quatro ventos que ele não representa Governo Estadual coisa nenhuma, pois o dinheiro que ele precisa para recuperar Sete Lagoas virá do Governo Federal e ele como um dos mais fiéis à base governista no Congresso Nacional, tem apoio suficiente para conseguir os recursos necessários para recuperar a cidade.

    O Deputado tem alardeado que o Projeto dele é Dilma - 2014, pois ele sabe muito bem que o Governo do Estado está falido, assim como o Projeto Aécio.

    Desse modo, a tão esperada candidatura do Governo Estadual e do Governo Federal, não passará de disputa discursiva.

    No momento, o Deputado Márcio Reinaldo leva grande vantagem sobre os demais candidatos - Múcio e o Emílio. Mas em matéria de campanha eleitoral, podemos esperar tudo, não é mesmo!

    José Alvarenga - Cidadão Setelagoano.

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  3. Paulo Carvalho- São João18 junho, 2012

    Não vejo Marcio Reinaldo como o salvador da pátria sendo prefeito de nossa Sete Lagoas. Deixar a Câmara Federal é um retrocesso político para nossa cidade, o dep. não pode ser tão irresponsável o bastante de fazer isso não só com Sete Lagoas, mas também com as outras cidades que o ajudaram eleger. Ainda tem mais dois anos de mandato e a atitude dele será o termômetro de sua atuação como prefeito.

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  4. O PT sempre teve muitas dificuldades de aliar com os outros partidos de esquerda da cidade, é sempre assim, na reta final eles esquecem da querência e aliam com quem consideram o mais forte.
    O dep. Marcio Reinaldo é o candidato de Maroca, do governo Anastasiia e também de Aécio 2014. Acho que o PT agiu certo coligando com Emílio que demonstra ser o verdadeiro candidato de oposição na cidade.

    Sandro Lopes Ferreira

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  5. PT deveria chamar é pra trás. já perdeu.

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  6. Tinha mais esperança no PT, mas com Emílio e seu vice não dá. Para concorrer a próxima eleição teria que ter candidatos mais fortes... não desmerecendo Emílio, porque é um bom canditado, mas os outros pesam muito ou então entraria sim como candidato a prefeito mas com outro vice. Tem outra alternativa: se Emílio entra como vice junto com dos candidatos fortes e no partido do PT a vitória era certa. Mais uma vez o PT continua, a abrindo portas para os outros partidos... é uma pena. Achei que este ano seria diferente!Gosto do padre como candidato, mas não é o momento dele ser candidato a vice com Emílio, vai acabar com a chance que Emílio tem de vencer. Acordem!

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  7. Tem razão. O PT escolheu mal o vice de Emílio.

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