sábado, 8 de agosto de 2009

MATÉRIA DO BLOG DIÁRIO DO SAAE É NOTÍCIA NO JORNAL SETE DIAS

Veja a matéria do jornal Sete Dias


Tubos adquiridos pela gestão passada apodrecem em depósito

Celso Martinelli


Adquiridos pela administração passada para recuperação da Lagoa do Cercadinho, centenas de tubos apodrecem em depósito de uma oficina mecânica do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), localizada na rua Tupiniquis, no bairro Canaan. A tubulação, de quatro polegadas que seria utilizada para o sistema de drenagem, foi comprada pela Prefeitura Municipal por R$ 6 mil. Desperdiçado, o município agora tenta dar novo destino ao material, que sofre com a ação do tempo. O excesso de sol fez boa parte da tubulação ressecar.
Apurada pela redação, a denúncia partiu dos próprios servidores da autarquia, no blog www.diariodosaae.blogspot.com . No entanto, o silêncio domina no depósito onde estão jogados os tubos. Servidores que trabalham no local se limitaram a dizer que circular interna os impede de prestar qualquer informação, o que deve ser feito pela presidência do órgão. Desde segunda-feira a autarquia foi procurada para se manifestar. No entanto, até o fechamento desta edição, o presidente Ronaldo de Andrade não se pronunciou a respeito.
O atual Secretário do Meio Ambiente e que na época presidia o Saae, Lairson Couto, explicou a origem do material, hoje jogado às traças. Segundo ele, os tubos seriam utilizados para recuperação da Lagoa do Cercadinha. No entanto, devido a um atraso de mais de 100 dias, a obra não foi realizada com a chegada das chuvas. Na ocasião a lagoa estava seca. “Cheguei a especificar uma manta especial para revestir parte do fundo da lagoa: 11.000 m2. A lagoa possui uma área de 16.000m2. Essa manta na época estava orçada em 77.000 reais. Com o atraso, entrou no período de chuvas e não foi possível concluir o trabalho. A licitação para compra da manta foi então cancelada”, afirmou.
Em relação aos tubos, o secretário conta que o material foi adquirido por R$ 6 mil. “Não foi utilizado pela mesma razão (chuvas). É um material muito bom para drenagem e padrão. A atual administração deve utilizá-lo no aterro sanitário, na drenagem pluvial ou da lagoa de ‘churume’”, considera. Lairson Couto conta que os gastos que o município teve na época foram: 40 m3 de pedra de mão, 10 m3 de brita, sacos de cimento, 10 tubos de PVC esgoto de 12 polegadas, e as horas de máquinas e de caminhões caçambas.
Apesar dos custos de cerca de R$ 30 mil dos cofres públicos, o secretário considera que o trabalho “ajudou muito a recuperação da Lagoa do Cercadinho”. Ele antecipou que é objetivo da Prefeitura retomar o projeto de revitalização das lagoas da cidade. ”Precisamos também revitalizar a parte urbanística e o paisagismo do entorno da Cercadinho. Entretanto, no momento a administração municipal está com sérias restrições com gastos financeiros”, finaliza.

Fonte: jornal Sete Dias

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